Psicóloga e pedagoga dá dicas para introduzir a leitura desde a primeira infância
Com o grande estímulo eletrônico que as crianças têm hoje em dia, parece cada vez mais difícil introduzir a leitura nessa rotina. Mas, segundo a psicóloga e pedagoga Maria Drummond Grupi, diretora do Ponto Omega – Centro de Cuidados Infantis Bilíngue –, é de extrema importância cultivar e manter esse hábito, provocando um equilíbrio entre as atividades que os pequenos já realizam em computadores e vídeo games, e atividades que requerem mais concentração, silêncio e interpretação cognitiva.
Por isso, a especialista separou dez sugestões para incentivar a contação de histórias de um modo que as crianças possam aproveitar ao máximo o momento junto com o contador , sejam eles pais, irmãos ou professores responsáveis.
Dicas para ler para uma criança:
1. Quanto menor a criança, mais os livros precisam ser coloridos e cheios de gravuras que agucem a imaginação;
2. Busque exemplares com frases pequenas e sempre escritas com palavras em letras bastão;
3. À medida que os pequeninos vão crescendo a proporção do texto deve aumentar com relação às figuras, permitindo que as crianças desenvolvam a imaginação a partir das palavras;
4. Não poupe os pequenos de histórias de bruxas e seres malvados. Eles precisam desses personagens para ajudá-los a compreender o sentimentos dos outros e até mesmo seus próprios conflitos;
5. Nunca troque palavras de difícil compreensão por outras mais fáceis. A leitura também tem a intenção de ampliar e enriquecer o vocabulário e o repertório das crianças;
6. Nunca altere o fim de nenhuma história para deixar o pequeno leitor mais alegre. Se a história for adequada para a idade, é normal que algumas trabalhem com sentimentos de frustração ou tristeza;
7. Evite contar histórias cujos personagens estão envolvidos em grandes perdas e ou conflitos de difícil solução, se a criança, no momento, estiver passando por algo semelhante;
8. Se você estiver contando uma história e a criança adormecer não cesse a contação. Mesmo se a criança estiver aparentemente dormindo, vá até ao final da história. Não a deixe pela metade;
9. O contador deve se preparar para dar vida à narrativa sem gaguejar;
10. Leia de acordo com o momento que a criança vive. Para cada criança e para cada momento existe uma história. Se adequada, pode ajudar a aliviar os sintomas pelos quais uma criança está passando, levando-a a encontrar saídas para problemas emocionais ou físicos;

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